14 de jul
O trânsito é um grave problema das grandes cidades. E ele é só mais um desafio em meio a tantos outros que envolvem a mobilidade urbana no Brasil. Todas essas questões vêm sendo amplamente discutidas pela população e os setores público e privado ao longo dos últimos anos.
Tanto é que, desde 2012 está em vigor a Lei Federal nº 12.587, que tem o objetivo de corrigir esse problema por meio das diretrizes da PNMU (Política Nacional de Mobilidade Urbana).
Toda cidade com mais de 20 mil habitantes deve elaborar um Plano de Mobilidade Urbana com a intenção de planejar o crescimento do município de forma ordenada. Esse plano deve priorizar o transporte não motorizado e os serviços de transporte público coletivo.
Seja a pé, de carro, transporte público, bicicleta ou qualquer outro meio de transporte, está mais do que claro que é urgente a necessidade de melhorias na mobilidade urbana no Brasil. Entretanto, para que possamos propor soluções, precisamos conhecer quais são esses desafios. Por isso, separamos alguns deles. Confira!
De acordo com o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte), a malha rodoviária brasileira tem quase 1,7 milhão de quilômetros. Desse total, 87,9% não têm pavimentação. São as famosas estradas de terra.
Além de gerar acidentes, a falta de pavimentação prejudica a escoação de mercadorias, dificulta ainda mais a vida de quem tem mobilidade reduzida, quem está indo ao trabalho, às compras, aproveitar momentos de lazer ou consultas médicas, por exemplo.
O que fazer?
Parcerias público-privadas para implementar estratégias para construção ou reforma de vias que permitam o acesso seguro e integrado de pedestres, ciclistas, motoristas e usuários de transporte público, de modo a possibilitar a permanência do indivíduo nas vias, ao melhorar a mobilidade urbana no Brasil.
De acordo com o Sindipeças, o Brasil tem hoje 46,3 milhões de carros. Se dividir entre os 5.570 municípios, é um carro para 8,3 habitantes. Atualmente, é a sexta maior frota de automóveis do mundo, atrás dos Estados Unidos, China, Japão, Rússia e Alemanha.
O uso do transporte público seria uma excelente solução para diminuir o número de carros nas ruas, mas um levantamento do ICS (Instituto Clima e Sociedade), mostra que o principal motivo que afasta brasileiros dos ônibus e metrôs, por exemplo, é a falta de conforto e segurança.
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O que fazer?
As empresas podem incentivar seus colaboradores a aderirem aos programas de carona solidária. Além de deixar o carro na garagem, a ação promove a interação entre os funcionários fora do ambiente de trabalho. Entretanto, para que isso funcione, é fundamental entender onde os trabalhadores moram. O uso de bike também é uma alternativa.
Um estudo lançado pelo IEMA (Instituto de Energia e Meio Ambiente) revela que os automóveis são responsáveis por 72,6% das emissões de gases efeito estufa (GEE), vilões do aquecimento global. De acordo com a ONU (Organização das Nações Unidas), nove em cada 10 pessoas respiram ar poluído das grandes cidades. Essa má qualidade do ar provoca 7 milhões de mortes prematuras todos os anos.
O que fazer?
Incentivos fiscais para que as montadoras invistam cada vez mais em veículos movidos a hidrogênio verde. O combustível é extraído de fontes de energia limpas e renováveis, como hidrelétrica, eólica, solar e provenientes de biomassa, biogás, entre outras, e pode ser uma excelente alternativa para a mobilidade urbana no Brasil e no mundo.
Agora que você já sabe sobre os 3 maiores desafios da mobilidade urbana no Brasil, conheça a SAE BRASIL e veja como temos atuado em prol da construção de cidades mais inteligentes.