;
Portuguese English Spanish

Abastecimento de alimentos: você sabe o caminho que cada comida percorre antes de chegar à sua mesa?

5 de jan

Você já parou para pensar sobre o caminho que o alimento percorre até chegar a sua mesa? E como isso tem a ver com a mobilidade?

O abastecimento de alimentos está relacionado com uma longa trajetória. Quando pensamos em alimentos básicos como frutas e carnes, por exemplo, não é difícil imaginar as diferentes etapas que envolvem a agricultura e a pecuária.

Mas o caminho destes produtos, até chegar a sua casa, é bem mais longo do que você imagina. 

Continue lendo para entender melhor sobre o abastecimento de alimentos no Brasil, ou seja, como as comidas chegam até você.

Os caminhos e desafios no abastecimento de alimentos

Somente pensando na produção agrícola, quatro fases são facilmente apontadas: plantio, colheita, armazenamento e distribuição. 

Dentro dessa cadeia, é preciso considerar os diferentes elementos envolvidos. Para haver produção agrícola, dependemos de recursos naturais, pessoas trabalhando, sistemas produtivos que funcionem e leis que protegem e guiam o trabalho.

São muitos os desafios. Os sistemas alimentares são afetados por uma série de eventos, como mudanças climáticas, perda de biodiversidade, urbanização, mudança nos padrões de consumo e rápido crescimento populacional.

A grande questão está em: como realizar um abastecimento de alimentos efetivo diante de tantas situações desafiadoras?

Não existe um caminho fácil, ou até mesmo comum. Mas a tecnologia com certeza é uma grande aliada. 

Soluções e possibilidades que facilitam a trajetória

Pensando na etapa do plantio, sistemas inteligentes, que utilizam máquinas inovadoras e auxiliam o trabalho humano já são uma realidade em grande parte dos campos pelo país.

Após a colheita, outro grande trabalho começa. Os produtos colhidos passam por processos de limpeza, seleção, proteção, embalagens e armazenamento minuciosamente pensados para manter o frescor e nutrição da comida.

Um tratamento efetivo na fase da pós-colheita também é essencial para o abastecimento de alimentos efetivo, que atende a todos. 

O alimento que você adquire em sua feira ou mercado local, não necessariamente foi plantado na região. É devido aos avanços tecnológicos que este caminho, feito de forma segura, se torna possível.

Mas onde esse caminho se inicia?

Agricultura familiar e agronegócio: unindo forças para um abastecimento efetivo

O abastecimento de alimentos parte de duas origens possíveis: da produção em larga escala, relacionada ao agronegócio e da agricultura familiar. Vamos falar sobre as principais diferenças entre cada um dos modelos.

Nem sempre os países são capazes de produzir todos os produtos que consomem. Por isso, existe um intercâmbio de mercadorias entre países que movimentam o comércio exterior, tanto de importações, quanto de exportações.

Pensando na realidade de exportação brasileira, dois dos principais produtos que são adquiridos por outros países são a soja e o café, ou seja, produtos pouco industrializados.

São os chamados commodities, bens que ainda estão em estado bruto ou ainda produtos primários. De forma histórica, as exportações do nosso país se dão a partir deste tipo de produto, mercadorias primárias cujo processo de produção é padronizado, dominado em todos os países.

Porém, com a industrialização brasileira, marcada principalmente entre os anos de 1950 e 1980, produtos manufaturados ganharam força no mercado de exportações brasileiras.

Com o passar dos anos, até chegar nos dias de hoje, a situação novamente se alterou. Passamos a olhar, cada vez mais, para as commodities. 

O desenvolvimento de outros países, com soluções mais avançadas, contribuiu para essa nova transição na exportação brasileira.

O abastecimento voltado para o comércio exterior está diretamente relacionado ao agronegócio, ligado à produção em larga escala. O setor corresponde por sete dos dez produtos mais exportados pelo país.

O agronegócio se caracteriza pela produção de monoculturas em grande escala, utilizando grandes extensões de terra que, quando não bem manejadas, impactam de forma negativa o meio ambiente.

A agricultura familiar, por outro lado, é caracterizada, principalmente, pela produção diversificada de alimentos. No entanto, com o processo de industrialização, até mesmo pequenos produtores se adaptam e acabam se especializando em um tipo de produção.

Neste sentido, alguns cuidados precisam ser tomados. É preciso cuidar da terra para que a produção repetitiva de uma mesma atividade agrícola não degrade aquele solo. 

A importância da agricultura familiar no abastecimento interno

De maneira geral, ambos os modelos de produção de alimentos possuem sua importância no mercado brasileiro, e comércio exterior. No caso do agronegócio, a segunda opção é o principal destino.

Com a produção em larga escala voltada principalmente para outros países, a agricultura familiar ganha espaço em território nacional.

É importante pontuar que em todos os tipos de alimentos que chegam até você, a agricultura familiar é responsável por mais de 50% do abastecimento.

Ou seja, a importância desse tipo de produção se relaciona diretamente com o aumento da oferta de alimentos no país, contribuindo com o combate à fome.

Segundo dados da Organização para a Alimentação e Agricultura (FAO), agência especializada das Nações Unidas, ao longo dos últimos dez anos, houve um aumento de 10% na oferta de calorias no país, já descontando as exportações e contabilizadas as importações realizadas. 

De maneira geral, todo o processo que envolve o abastecimento de alimentos começa no campo e passa por diferentes movimentos. E é por isso que toda a produção tem ligação direta com a mobilidade, como um conceito relacionado a tudo que se move.

E é justamente nisso que a SAE BRASIL acredita! 

“O movimento é inerente à vida, o que não se move está dormindo ou morto”, diz Camilo Adas, Conselheiro SAE BRASIL.

O movimento, neste caso, também é inerente ao abastecimento de alimentos.