;
25 de ago
por Leandro Pires*
Os resultados incontestáveis da produção agrícola no Brasil e os avanços tecnológicos para mais eficiência das máquinas nos levam ao debate sobre o desenvolvimento de estratégias de nacionalização para o aumento de competitividade da cadeia de suprimentos da indústria do agronegócio.
Nos últimos anos a participação do País na manufatura global foi reduzida, com resultados prejudiciais nos empregos, novas tecnologias e investimentos, além da própria atividade industrial e da economia brasileira, efeitos agravados pela pandemia e pela guerra no leste europeu, ameaça global à geração de produtos e comércio internacional de insumos.
Na tentativa de recompor cadeias de produção, setores mais afetados por falta de peças e de matérias-primas se vêm na corrida para reduzir a dependência do fornecimento de componentes importados e da exposição cambial, que pressiona as compras internacionais.
Essa questão tem estimulado a volta da produção de produtos e componentes no País, assim como a busca de novas fontes de fornecimentos de tecnologia. No pós-pandemia as nações desenvolvidas foram as primeiras a levar a indústria de volta a seus territórios, na percepção da importância de manter fábricas perto dos consumidores e depender menos da logística globalizada.
Nesse contexto, o potencial do Agronegócio brasileiro que conta também com capital intelectual e uma indústria estabelecida mostra-se como uma oportunidade para fortalecer nossa cadeia de suprimentos, fomentar inovação e por em prática projetos que incentivem fornecedores locais e gerem o ambiente propício para a competitividade e para um futuro com exportações não apenas de commodities, mas também de tecnologia.
Acreditamos que a oportunidade de mercado e a escala de crescimento são grandes o suficiente para desenvolvermos tecnologias, ganharmos competitividade e gerarmos valor.
Não por acaso destacamos esse tema no 15º Simpósio SAE BRASIL de Máquinas Agrícolas, a partir da visão de especialistas, da expectativa das montadoras e da experiência bem-sucedida de fornecedores sobre a ideia de nacionalização maior de componentes, que enxergamos como meio para o salto de qualidade e competitividade da nossa indústria em nível internacional. O simpósio será realizado dia 30 de agosto no Centro de Convenções FIERGS, em Porto Alegre, RS.
*Leandro Pires é diretor da SAE BRASIL Seção Regional Porto Alegre
15º Simpósio SAE BRASIL de Máquinas Agrícolas – 30/08/2023
Centro de Convenções FIERGS – Av. Assis Brasil, 8787– Porto Alegre – RS
O Congresso SAE BRASIL já é o maior e mais tradicional evento da nossa agenda. Este ano, ele chega em […]
Aberto ao público e com preços acessíveis – a partir de R$ 15 -, o evento reúne executivos e especialistas […]
Estudo completa a tríade de análises produzidas pela associação, que, em 2021, promoveu uma pesquisa sobre mobilidade e, em 2022, […]