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Carros autônomos: serão eles o novo “padrão” da indústria?

2 de fev

Viver o presente pensando no futuro é o que nos prepara para as transformações tecnológicas que acontecem dia após dia. Acreditamos que o futuro é agora! As inovações são constantes, e a nossa atualização sobre temas relevantes também deve ser. 

Por isso, hoje, vamos falar sobre uma tecnologia que, sim, já é realidade ao redor do mundo: os carros autônomos. Estariam eles avançando para se tornar o padrão da indústria? Continue lendo para saber mais.

O que é, por definição, um carro autônomo?

Um carro autônomo nada mais é do que um veículo que, em última instância, pode funcionar sem a intervenção humana. Ou seja, sem uma pessoa assumindo o controle ativo da direção. Para que isso seja possível, algumas tecnologias devem estar embarcadas no automóvel. Algumas delas são sistema de manutenção e mudança de faixa, controlador de velocidade, GPS de alta resolução, sensores como radares e câmeras que interpretam o entorno do veículo, computadores e algoritmos  de inteligência artificial adequados.

Porém, não existe uma só classificação de carro autônomo. Isso pode ser feito em diferentes níveis.

Níveis de carros autônomos conforme SAE J3016:

  • Nível 1

No nível mais baixo de automação, o veículo já é capaz de realizar algumas funções sem o auxílio humano, como manutenção de aceleração, recursos de piloto automático e assistente de manutenção em faixa. Porém, a direção ainda depende do motorista. Praticamente todas as montadoras já oferecem veículos com esse nível de automação.

  • Nível 2

Aqui, o automóvel já é capaz de acelerar, frear e se manter dentro das faixas sem o auxílio do motorista, mas em situações seguras e por um tempo determinado. Por isso, o condutor precisa estar atento a situações de emergência.

No nível 2, os carros são equipados com radares e/ou câmera que realizam um monitoramento ativo e demandam ações dos sistemas de freio, powertrain e direção. 

Aqui vemos veículos premium, geralmente importados, oferecendo essa tecnologia. Veículos produzidos localmente já estão nos planos de receber essa tecnologia. 

  • Nível 3

Aqui acontece a disrupção. Nesta classificação, os carros autônomos já conseguem assumir tarefas de direção. Na prática, o veículo consegue se guiar sozinho até mesmo em congestionamentos. Porém, o motorista ainda deve se manter atento para assumir o controle quando solicitado.

O primeiro modelo comercial no mercado foi o Honda Legend, em 2021, no Japão. Em 2022, a Mercedes-Benz lançou comercialmente o sistema de direção autônoma Drive Pilot, na Alemanha.

  • Nível 4

O motorista pode usar o celular, trabalhar e assistir a filmes, por exemplo. Na teoria, o controle da direção já fica totalmente com o veículo, que é capaz de transitar de uma cidade para outra sem interferências. Porém, só funciona em trajetos ou áreas pré-definidas.

Caso o sistema identifique uma situação de emergência, pode solicitar o comando do motorista. Porém, o veículo já é capaz de reagir se o condutor não assumir o controle.

O primeiro modelo de carro autônomo em nível 4 foi desenvolvido na Alemanha, pela Mercedes-Benz em conjunto com a Bosch. Há diversos projetos e protótipos de nível 4 em testes, porém, ainda não existem veículos comercialmente disponíveis. 

  • Nível 5

Aqui sim, temos o carro 100% autônomo. Ele leva o usuário a qualquer ponto sem qualquer interferência ou limitação de local. Funciona em estradas, cidades, é capaz de virar em esquinas, estacionar em  vagas e parar em faróis.

Há quem aposte que o veículo com automação de nível 5 não saia do papel. 

Os carros autônomos realmente são o futuro? 

Pontos positivos

Existem alguns pontos para se considerar ao pensar no futuro da mobilidade – e como os carros autônomos se inserem no cenário.

De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Departamento de Energia dos Estados Unidos, este modelo de veículos conseguem reduzir o consumo de energia no transporte em até 90%. Relativamente, eles consomem menos combustível também em comparação a carros dirigidos por seres humanos.

Além disso, considerando que cerca de 90% dos sinistros são causados por falha, inaptidão ou imprudência humana,  especialistas do setor, apontam que a mobilidade com carros autônomos se tornará muito mais segura.

Um carro que dirige sozinho pode se mover mais rápido e com mais segurança do que um carro dirigido por um ser humano, e até mesmo contribuir para a diminuição de congestionamento.

Pontos de entrave

Apesar das situações em que um carro autônomo pode contribuir de maneira positiva, existem questões que impossibilitam o desenvolvimento mais acelerado do veículo.

A maior delas envolve a evolução e distribuição da tecnologia necessária. Para se construir um carro autônomo, uma empresa depende de inovações específicas, que se atualizam constantemente e em um nível acelerado.

Dois exemplos são a inteligência artificial e a internet das coisas, essenciais em um carro autônomo. Nem todos possuem acesso – ou mesmo o conhecimento necessário – a tais tecnologias.

Outro entrave está na infraestrutura das rodovias. Grande parte das estradas ao redor do mundo não estão adaptadas ou mesmo preparadas para receberem estes veículos.

As condições climáticas também devem ser consideradas. O carro autônomo deve conseguir identificar uma situação de forte chuva, neblina e outros.

Além de todos esses pontos, existe também a legislação que precisará ser criada, e constantemente adaptada, levando em consideração os novos modelos de carros autônomos.

O futuro da mobilidade é agora

Como nós costumamos falar, o futuro é agora! E neste cenário as montadoras não são simples fabricantes de veículos, mas sim, verdadeiras empresas de mobilidade.

A mobilidade, como conceito de ir e vir, deve abarcar situações diversas, e considerar todos os pontos que citamos ao longo do artigo.

No futuro, que já está em prática, todos os habitantes de cidades se tornarão assinantes da mobilidade, independente de terem um carro particular ou não. Algo que, como já entendemos, será cada vez menos comum.

A mobilidade está se modificando, e a forma como as pessoas se deslocam, também. Mas isso é assunto para outro artigo. Acompanhe nosso blog para ficar por dentro de discussões atualizadas no cenário da mobilidade.