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Carros Baja e Fórmula a hidrogênio estreiam no SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge

8 de ago

Protótipos projetados e construídos por estudantes competem no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA-SP), de 13 a 14 de agosto

São Paulo, 08 de agosto de 2022 – Oito equipes de universidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Bahia apresentarão pela primeira vez projetos e carros do tipo Baja e Fórmula SAE BRASIL movidos a hidrogênio no SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge, de 13 a 14 de agosto de 2022, no Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA – Piracicaba-SP).

Esta é a primeira competição de Baja e Fórmula SAE a hidrogênio no Brasil e no mundo, e será realizada paralelamente à 18ª Competição Fórmula SAE BRASIL – TotalEnergies, também no ECPA, de 10 a 14 de agosto, em pistas separadas. Das oito equipes inscritas no desafio H2 cinco apresentarão Fórmulas e três levarão Bajas (confira abaixo quais são elas).

Com o alvo de transferir conhecimento e experiência sobre sistemas de célula a combustível para aplicação automotiva às universidades brasileiras, a ideia do desafio surgiu da visão de oferecer aos estudantes oportunidade de trabalhar com tecnologia de ponta ao lado de engenheiros experientes da indústria nacional e internacional”, aponta Monica Saraiva Panik, mentora da Mobilidade a Hidrogênio da SAE BRASIL.

Lançado em 2020 em plena pandemia, o SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge recebeu a doação da célula a combustível que alimenta o motor elétrico da canadense Ballard, e se digitalizou. Abriu etapas classificatórias virtuais para as 15 universidades inscritas no desafio e recursos para apresentar aos estudantes a nova tecnologia. Incluiu cursos preparatórios gratuitos à distância, que treinaram 170 estudantes durante três semanas sobre veículos elétricos a hidrogênio, tecnologia de célula a combustível, segurança do hidrogênio, fontes de produção de hidrogênio, tendências internacionais da mobilidade a hidrogênio, design, abastecimento de hidrogênio, transformação energética e outros.

 “O envolvimento da equipe da SAE e de parceiros locais e internacionais na doação de produtos, serviços, conhecimento e apoio técnico foram cruciais para o sucesso da iniciativa, o que despertou ainda mais o valor do trabalho cooperativo para as metas mundiais de descarbonização de todos os setores da economia”, afirma Camilo Adas, presidente do Conselho da SAE BRASIL.

Desafios – Luiz Henrique Aguiar Campos, aluno do 8º semestre de Engenharia de Computação no Centro Universitário Facens (Sorocaba-SP) e capitão da equipe B’Energy H2 Racing, aponta o próprio H2 como um dos maiores obstáculos enfrentados no desenvolvimento do projeto. “Foi preciso muito estudo para entendermos melhor como o veículo funcionaria e como a adaptação seria feita, esperamos que o carro opere corretamente na competição”, diz o estudante. A equipe levará um Fórmula elétrico transformado para H2. Além da novíssima tecnologia aplicada, o foco da equipe é a segurança do projeto. “Além de ser a primeira competição envolvendo H2, toda dinâmica de um desafio é o que mais nos motiva a entregar um ótimo resultado”, ressalta Luiz Henrique.

Leonardo Vinicius de Oliveira Alves, capitão da TEC H2-Racing, estudante do 7º semestre de Engenharia no Centro Universitário Senai Cimatec (Salvador-BA),  conta que as maiores dificuldades do projeto do Fórmula H2 da equipe foram encontrar pessoas engajadas e a aquisição de peças e equipamentos que envolvem a nova tecnologia. “O projeto tem sido realmente muito desafiador, mas ao mesmo tempo dá o gosto de realização a cada pedacinho do carro que é construído, porque entendemos que tudo que estamos fazendo é novo, é o futuro. Temos a oportunidade única de mexer com uma tecnologia nova, e isso é muito empolgante, representa uma virada de chave muito grande na vida de todos os membros da equipe”, avalia.

Majoritariamente formada por membros novos e afetada pelo fechamento da oficina nos últimos dois anos em virtude da Covid-19, que inviabilizou a construção do protótipo em tempo de ser levado à competição, a Cheetah E-Racing, da Universidade Federal de Itajubá (MG) participa com o projeto do seu Fórmula H2 totalmente concluído.  “Embora sejam muitos, todos os obstáculos estão sendo enfrentados”, afirma o capitão Augusto Almeida Silva, aluno do 5° semestre de Engenharia Elétrica.

Ele destaca a recente escolha da Unifei pela GIZ (agência alemã de cooperação internacional) para a criação do Centro de Produção e Pesquisa de Hidrogênio Verde como vantagem para alavancar investimentos e planeja novos projetos para a equipe, focados no uso do H2 como fonte de energia. O Fórmula H2 projetado pela Cheetah é uma adaptação do protótipo elétrico desenvolvido pela equipe para participar da Fórmula SAE, e acomoda dois tanques de hidrogênio nas laterais.

SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge

De 13 e 14 de agosto

Esporte Clube Piracicabano de Automobilismo (ECPA)

Rodovia SP, 135, Km 13,5 – Tupi, Piracicaba – SP

Apoiadores – Doações: Ballard – (8 sistemas de célula a combustível); Air Products (8 cilindros de hidrogênio); Clarios (8 baterias); Siemens Automotive (8 licenças de software de simulação); SEG Automotive (8 motores elétricos); WEG (8 inversores); Parker,Texiglass, Novapol, Polynt e Gatron (materiais compósitos); CNPq (importação dos sistemas de célula a combustível do Canadá). Adoção de equipes: Mercedes-Benz (2); Volkswagen (1); General Motors (1); Ford (1); AVL South America (1); Semcon (1); WEG (1 equipe). Parcerias: Sobratema (lançamento e divulgação em 2020); Anfavea (Programa Adote uma Universidade); Almaco e MCTI (apoio institucional).

SAE BRASIL & Ballard Student H2 Challenge

Equipes inscritas

Fórmula H2

Equipe H2 B’energy Racing – Centro Universitário Facens (Sorocaba-SP)

Equipe TEC H2-Racing – Senai Cimatec (Salvador – BA)

Equipe Cheetah E-Racing – Universidade Federal de Itajubá (MG)

Equipe UFABC – Universidade Federal do ABC (Santo André-SP)

Equipe FEI H2 – Centro Universitário da FEI (São Bernardo do Campo-SP)

Baja H2

Equipe UNICAMP Baja SAE – Universidade Estadual de Campinas (SP)

Equipe Mauá Racing – Instituto Mauá de Tecnologia (São Caetano do Sul-SP)

Equipe Minerva Baja – Universidade Federal do Rio de Janeiro (Rio de Janeiro-RJ)