;
Portuguese English Spanish

Matriz energética limpa: panorama para os próximos anos do Brasil

21 de dez

Uma matriz energética limpa é composta por energia gerada através de fontes renováveis, que não lançam poluentes na atmosfera.

As principais formas são geradas a partir da água, do vento e do sol. São elas as energias hidrelétrica, eólica e solar.

Por outro lado, existem as energias cuja produção emite uma série de poluentes, os chamados gases de efeito estufa. Entre elas estão as termelétricas, onde a energia é gerada a partir de combustíveis fósseis e carvão.

Continue lendo para saber mais sobre matriz energética limpa no Brasil.

Brasil x mundo: a situação da matriz energética do país

No cenário mundial, a matriz energética ainda está longe de se tornar predominantemente limpa. Aproximadamente 80% da matriz de energia mundial ainda utiliza fontes não renováveis, como o gás natural, carvão e petróleo. Os dados são da International Energy Agency

No Brasil, o cenário é um pouco mais animador. Apesar de ainda não serem maioria, as energias chamadas limpas já são mais utilizadas por aqui do que a nível global. Na matriz energética mundial, as fontes renováveis correspondem a 2%, no Brasil, elas totalizam 14%.

Passando para a matriz elétrica, os dados são ainda melhores. A nível mundial, as fontes renováveis correspondem a 17% da matriz elétrica. No Brasil, elas já são 80%.

O contexto atual brasileiro

O ano de 2022 traz uma boa notícia para o Brasil na área de matriz energética.

Os quatro primeiros meses do ano trouxeram um aumento no uso de energia limpa. O 

crescimento foi de 6%, em comparação com o mesmo período de 2021.

Além do aumento da matriz energética limpa, o uso de algumas das usinas consideradas mais poluentes foi reduzido.

Os dados são de um estudo da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica.

A energia que teve um crescimento maior foi a hidráulica, a partir das hidrelétricas. A utilização dessas passou de 73% em 2021 para 77% neste ano. Em seguida, estão as energias eólica e solar, com aumento de um ponto percentual cada.

Por outro lado, a utilização de energia térmica caiu de 17% para 11%. O futuro aponta para diminuir, cada vez mais, o uso das chamadas termelétricas.

O mesmo relatório aponta que os reservatórios de hidrelétricas do Sudeste e Centro-Oeste estão com quase 70% da capacidade completa. No ano passado, o número era bem mais baixo, chegando a 16%.

O que o futura guarda em termos de matriz energética limpa

Apesar do grande uso atual das hidrelétricas no Brasil, uma energia renovável já citada acima possui grande potencial de crescimento. Estamos falando da energia solar.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar), até 2040 a previsão é de que esse tipo de produção renda 126GW de energia. Dessa forma, a tecnologia seria a mais utilizada dentre as fontes renováveis, ultrapassando a hídrica.

O potencial do nosso país para expandir a produção solar é um dos maiores do mundo. Em algumas regiões já existem grandes usinas solares. As maiores do país são a Usina de São Gonçalo, no Piauí, e a de Pirapora, em Minas Gerais.

Um uso comum da energia solar é o residencial. Através de painéis fotovoltaicos, muitas casas são hoje construídas com a capacidade de produzir a energia considerada limpa. 

Além da autonomia energética da residência, a instalação das placas solares contribui com uma economia na conta de luz. E, ao contrário do que muitos pensam, as placas armazenam baterias, o que garante energia mesmo em dias chuvosos e nublados.